Seja movido pelo anseio da realização do sonho da casa própria ou pela busca de oportunidades de investimento, a aquisição de propriedades permanece como um dos principais objetivos financeiros dos brasileiros. Ano após ano, o mercado imobiliário se mantém no centro das atenções, e as expectativas para 2024 não fogem a essa tendência.
Com a continuidade dos cortes na taxa básica de juros e a estabilização da demanda no mercado imobiliário, este ano se apresenta como potencialmente vantajoso para quem planeja investir em imóveis.
Contrariando a tendência aquecida dos últimos anos, observamos, por meio desta análise, que o mercado imobiliário passou por consideráveis transformações. Em janeiro de 2020, o metro quadrado em Ipanema era cotado, em média, a R$ 18.323, conforme dados do FipeZAP. Já em novembro de 2023, esse valor havia atingido os R$ 21.450, representando uma valorização significativa de 17%.
Além do aumento nos preços, o volume de vendas também experimentou um crescimento notável. De janeiro a outubro de 2023, o mercado imobiliário brasileiro registrou um incremento de 23,5% nas vendas de novas propriedades em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme indicam os dados do indicador ABRAINC-FIPE. Este levantamento, realizado em colaboração com 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), revela uma perspectiva otimista para o setor.
Luiz França, presidente da ABRAINC, destaca a resiliência do setor imobiliário em 2023 diante de desafios, incluindo a elevada taxa de financiamento habitacional. França acredita que, caso o processo de redução da taxa Selic prossiga em 2024, o setor da incorporação desempenhará um papel fundamental no crescimento econômico e na geração de empregos, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento do Brasil.
A redução das taxas de juros, promovida pelo Banco Central ao longo de boa parte de 2022 e 2023, trouxe alívio aos custos dos financiamentos imobiliários, que estavam em elevados 13,75% ao ano. Com a tendência de queda nas taxas de juros, a busca por imóveis pode aumentar consideravelmente no futuro próximo, impulsionada pela perspectiva de financiamentos mais acessíveis.
Esse movimento, por sua vez, pode beneficiar especialmente propriedades localizadas em áreas de alta demanda, as quais historicamente sofrem pouca oscilação nos momentos de desaceleração do mercado.